Alemanha precisa de 400 mil imigrantes no mercado de trabalho, afirma estudo

Um estudo publicado pela Agência Federal do Trabalho apontou que falta mão de obra no mercado alemão. De acordo com a pesquisa divulgada na última terça-feira (23), são necessários 400 mil imigrantes por ano para preencher postos de trabalho no país. Entre os profissionais mais necessários na Alemanha, estão cuidadores de idosos e enfermeiros, além de trabalhadores qualificados para áreas como logística e manutenção de equipamentos.

Segundo dados do estudo, a carência de funcionários se deve, principalmente, às mudanças demográficas, incluindo fatores como taxa de natalidade e emigração. No cenário atual, considerando a entrada de 100 mil imigrantes no território anualmente, o número de profissionais empregados deve cair de 47 para 40 milhões até 2035, estima a agência do governo. 

A pesquisa revelou que medidas como a inclusão das mulheres no mercado de trabalho e aposentadoria tardia podem auxiliar a melhorar a expectativa traçada pelo estudo, mas não são suficientes para preencher todas as vagas de emprego existentes no país a longo prazo. A integração de imigrantes na sociedade é vista como um aspecto essencial para uma melhora nos números da força de trabalho.

Além das iniciativas políticas, a qualificação profissional da população é considerada um fator importante pelos pesquisadores: ‘’Se os requisitos de qualificação tendem a aumentar no futuro, as medidas educacionais e a associada maior produtividade dos empregados poderiam, a longo prazo, ajudar a aliviar as consequências negativas de uma redução da força de trabalho para a economia e o mercado de trabalho’’, sugere o órgão que conduziu o levantamento.

Nos últimos anos, a Alemanha investe em ações que facilitam a integração de trabalhadores estrangeiros no território. Em 2020, por exemplo, entrou em vigor no país a Lei da Imigração de Trabalhadores Qualificados, que tem o objetivo de acelerar o processo de reconhecimento das capacidades de profissionais estrangeiros, bem como a colocação de imigrantes nas empresas alemãs. A Agência Federal do Trabalho diz que ainda não pode determinar se tal iniciativa é capaz de compensar o declínio da força de trabalho revelada pela pesquisa.

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