Portugal: autorizações de residência para brasileiros caem 9% em 2021

Brasileiros continuam sendo a maior comunidade estrangeira em Portugal. Foto: Canva


O número de brasileiros que conquistaram a Autorização de Residência (AR) em Portugal em 2021 apresentou diminuição no comparativo com o ano passado. Foram 3.745 concessões do visto a menos, uma queda de 9%, segundo dados obtidos pelo Agora Europa junto ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Em 2020, foram 42.245 novos títulos, enquanto neste ano, até o dia 28 de dezembro, o número é de 38.500, de acordo com o SEF. O número total de residências concedidas por Portugal a estrangeiros também foi menor (7,6%), contabilizando 109 mil, enquanto no ano passado foram aproximadamente 118 mil, segundo relatório oficial anual.

Os brasileiros seguem sendo, desde 2012, a nacionalidade estrangeira mais presente no território português. Somente neste ano, o número de imigrantes do Brasil corresponde a 34% do total de residências autorizadas.

O ano de 2021 também foi marcado pela mudança no processo de legalização dos imigrantes em Portugal. Desde agosto, os estrangeiros não precisam mais ficar à espera da abertura de vagas para marcar a entrevista, a última etapa antes de obter a autorização para residir oficialmente no país. O agendamento está sendo feito pelo próprio SEF, por email. Outra mudança é que as convocações estão sendo realizadas por ordem de entrada no processo. 

O serviço de imigração convocou todos os imigrantes que, desde 2017, ainda não haviam conseguido um horário para entrevista. No total, foram atendidas mais de 24 mil pessoas que deram entrada no pedido de legalização até dezembro de 2019. Todas as entrevistas foram realizadas no último trimestre.

Desde novembro, estão sendo agendados os estrangeiros que deram entrada no processo nos primeiros meses de 2020. Além disso, de acordo com o órgão, 46 mil entrevistas já estão marcadas para o primeiro trimestre de 2022. Ainda segundo o SEF, os atendimentos não serão suspensos no período de trabalho remoto obrigatório, vigente até 9 de janeiro em decorrência da pandemia.

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