Governo isola Madri durante dez dias em dezembro

Medidas restritivas pontuais vem surtindo efeito na Comunidade de Madri.
Foto: Josefina Di Batista


O governo madrilenho volta a fechar a região como medida para frear a disseminação do coronavírus. Desta vez serão dez dias. A partir da meia noite do dia 4 de dezembro até o dia 14 de dezembro, tanto as saídas quanto as entradas na Comunidade Autônoma de Madri estarão proibidas, com exceção para viajantes que tenham causas justificadas (consultas médicas, trabalho e assistência a centros educativos).

A medida já havia sido aplicada em dois feriados do mês de novembro e, segundo dados do governo de Madri, surtiu efeito. Os números de contágio da Covid-19 na Capital espanhola diminuíram com algumas ações pontuais, sem necessidade de confinamento domiciliar de toda população.

Também a partir de segunda-feira (23), outras sete zonas zonas básicas de saúde da cidade serão confinadas por 14 dias e fica proibido o deslocamento da população além dos bairros determinados. As restrições afetam: Artilleros – Vicálvaro, no distrito de Vicálvaro; a La Elipa, en Ciudad Lineal. Na Região da grande Madri, fica limitada a circulação da população em La Moraleja, em Alcobendas; e a Cuzco, Castilla La Nueva e Alicante, em Fuenlabrada.

Já em outras sete localidades, se levantam as restrições após a redução em 50% da incidência de casos positivos de Covid-19 nos últimos 14 dias. Em Madri, Nuñez Morgado/bairro de Chamartín, Puerta del Ángel, Villamil/Tetuán, Virgen de Begoña/Fuencarral. Em Coslada, Barrio del Puerto e Doctor Tamames. Em Parla, Pintores.

Números de contágios em Madri

A incidência acumulada de Covid-19 nos últimos 14 dias, segundo dados atualizados do Ministério da Saúde, baixou para 285 casos positivos por cada 100 mil habitantes. A média nacional é de 419 casos para cada 100 mil habitantes, mas já chegou a registrar mais de 800 casos durante o pico da segunda onda de coronavírus na Espanha, em meados de setembro.

Vacinação

O presidente do governo espanhol, Pedro Sanchéz, anunciou nesta sexta-feira (20) que na próxima terça-feira (24) o Conselho de Ministros vai aprovar a estratégia de vacinação contra o coronavírus. Em visita a região de La Rioja, Sanchéz declarou que a Espanha e a Alemanha serão os primeiros países da União Europeia a apresentarem um plano nacional de vacinação contra a Covid-19.

Segundo ele, uma parte da população espanhola poderá ser vacinada com todas as garantias a partir do primeiro semestre de 2021. Mas não deixou claro de qual laboratório as doses virão, uma vez que a União Europeia já firmou contato com cinco empresas farmacêuticas AstraZeneca, Sanofi/GSK, Johnson&Johnson e BioNTech/Pfizer e com Curevac. “Estamos trabalhando a pleno rendimento para que as vacinas estejam disponíveis quanto antes”, concluiu.

Ao todo, serão 13 mil pontos de vacinação na Espanha. Profissionais sanitários e idosos (incluídos os que vivem em asilos) serão os primeiros a serem imunizados, assim como pessoas que sofrem de enfermidades crônicas. A rede sanitária de atenção primária será a encarregada de administrar as primeiras vacinas.

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