Alemanha amplia controle de fronteiras para dar segurança à cúpula do G7

Os controles se aplicam às fronteiras marítimas, terrestres e a passageiros que chegam de avião. Foto: Polícia Federal alemã (BPOL)

A Alemanha vai controlar a entrada de pessoas no país, incluindo viajantes saindo de outros países do Espaço Schengen, a partir desta segunda-feira (13). A medida temporária foi introduzida pelo Ministério Federal do Interior para aumentar a segurança no país devido à realização da reunião da cúpula do Grupo dos Sete (G7), que ocorre de 26 a 28 de junho. Os controles permanecem até o dia 3 de julho.

De acordo com o governo alemão, o monitoramento de quem entra no país será flexível em termos de localização e tempo. A fiscalização se aplica tanto em fronteiras terrestres e marítimas, quanto para quem viajar de avião de outros países do Schengen. 

Na prática, isso significa que esses passageiros terão que passar pela imigração, o que normalmente não ocorre. A orientação é para que qualquer pessoa que entre em território alemão tenha o passaporte ou o documento de identidade ao ingressar no país, mesmo que de carro: “Os controles destinam-se a impedir que criminosos violentos em potencial entrem na Alemanha”, apontou o governo.

As autoridades alemãs destacaram que estão utilizando aa medida seguindo o Código das Fronteiras Schengen, que autoriza a realização de controles pessoais temporários nas fronteiras internas em alguns casos específicos. No mês passado, a Suécia adotou o controle temporário em decorrência de “séria ameaça à ordem pública e à segurança interna”.

Reunião do G20

A reunião da cúpula do G7 ocorrerá no Castelo de Elmau, localizado nos Alpes da Baviera, sul do país. O grupo é formado pela Alemanha, França, Itália, Japão, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, além de sempre contar com a presença da União Europeia (UE). Os chefes de Estado e de governo se reúnem anualmente para debater questões políticas e globais.

Essa é a sétima vez que o evento é sediado na Alemanha, sendo que o último encontro no país ocorreu em junho de 2015. O chanceler alemão, Olaf Scholz, destacou que alguns assuntos se tornaram urgentes devido à mudança na situação global, referindo-se à invasão russa na Ucrânia.

“Vamos aproveitar ao máximo nossa presidência do G7 para garantir que esse grupo de estados assuma um papel pioneiro – na busca da neutralidade climática e de um mundo equitativo”, disse Scholz ao assumir a liderança do G7 neste ano. A presidência do grupo é alternada anualmente entre os membros. No ano passado, estava sob o comando do Reino Unido e, em 2023, ficará a cargo do Japão.

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