Lisboa, Portugal.
Portugal continua com a retomada do turismo pós-pandemia de Covid-19. Em março deste ano, houve aumento de 464% no número de hóspedes em hotéis e alojamentos, na comparação com o mesmo período do ano passado. A região de Lisboa e Algarve, no sul do país, lideram a retomada, com mais de 1,2 milhão de estadias e 876 mil, respectivamente. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o relatório, todas as regiões tiveram aumento no número de turistas no mês passado. Além disso, também cresceu 14% a quantidade de pernoites. O Algarve é a região onde os turistas passam o maior tempo de maior estadia, uma média de 3,97 dias.
Os estrangeiros que mais visitam Portugal continuam sendo os britânicos, que correspondem a 18,9% do grupo de visitantes de fora do país, seguidos dos alemães, com 15%, e dos franceses (9,6%). O relatório do INE traz uma comparação com o ano de 2019, antes da pandemia de Covid-19. De lá para cá, houve aumento de 96% dos turistas da República Tcheca; 25,5% dos viajantes da Irlanda; e 22,7% de poloneses.
Por outro lado, os brasileiros foram a nacionalidade com maior diminuição registrada na comparação entre os períodos. Em março deste ano, foram 33,5% turistas a menos do que em 2019. No primeiro trimestre de 2022, o número de desembarque de brasileiros em Portugal reduziu 60%, segundo informou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) em reportagem publicada pelo Agora Europa.
Apesar da retomada, o país ainda não recuperou totalmente o número de turistas de antes da pandemia. De acordo com o INE, no primeiro trimestre deste ano, houve uma diminuição de 18,8% nas estadias em Portugal, se comparado com o mesmo período de 2019.
Nesta sexta-feira (29), o governo português anunciou o fim de uma linha de crédito para o setor turístico, por ter atingido o limite do orçamento e “sinais de recuperação efetiva do setor”. Segundo comunicado da Secretaria do Turismo, foram investidos 170 milhões de euros em quase nove mil micro e pequenas empresas. Ainda segundo as autoridades, o programa permitiu a manutenção de 41.325 postos de trabalho nos últimos dois anos em Portugal.
