
Dublin, Irlanda.
Após o governo anunciar o adiamento da última fase de abertura na Irlanda, donos de bares e pubs no país exigem medidas para o setor. Segundo a Associação de Viticultores Licenciados (LVA), até o dia de reabertura, em 10 de agosto, pubs e bares que não servem comida terão ficado 40% do ano sem operar. Locais que servem refeições voltaram a abrir na 3ª fase, em 29 de junho.
Representantes do setor ainda temem que uma segunda onda de contágios aumente o período de fechamento e cause mais prejuízos. Donall O’Keeffe, diretor executivo da LVA, questiona os motivos para que o setor tenha sido deixado para a última fase, mesmo seguindo todas as orientações durante o confinamento.
“Agora é necessária uma conversa detalhada e madura sobre os planos do Estado para o setor de bares. Tudo o que queremos é uma oportunidade de negociar, mas não podemos continuar com essa incerteza. Não criamos essa crise, mas, como indústria, estamos assumindo um nível desproporcional de responsabilidade econômica pela forma como está sendo tratada”, apontou O’Keeffe.
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Entre os pedidos, alguns já haviam sido feitos antes do adiamento, como redução do Imposto sobre Valor Agregado (VAT) e extensão do auxílio de pagamentos de salários. A expectativa é de que o governo federal tome medidas de suporte ainda este mês e implemente redução do VAT até o fim do ano.
“Eles (donos de bares e pubs) fizeram tudo o que lhes pediram. Todas as outras fases transcorreram sem problemas, e agora dizem aos publicanos que não podem abrir, como o resto do setor de hospitalidade faz pouco sentido. Esta é uma decisão tomada por políticos que parecem divorciados da realidade sobre a vida na zona rural da Irlanda. ”, lamenta Padraig Cribben, diretor executivo da Federação de Viticultores da Irlanda (VFI).
Governo mantém cautela frente ao risco de segunda onda
A decisão foi anunciada ontem, 15, e faz parte de uma lista de medidas que inclui medidas de controle em relação a aglomerações, encontros em lugares fechados e viagens. Para o ministro da saúde, Stephen Donnelly, o controle é essencial para que os números não voltem a crescer, gerando uma segunda onda de contágio.
O risco, entre outros, é o de que aglomerações contenham pessoas infectadas, mas assintomáticas, que possam transmitir o vírus para os demais. A prioridade agora, segundo Donnelly, é a normalização de atividades em escolas e empresas da área de saúde.