Lisboa, Portugal.
Para enfrentar o aumento de 80% da conta de luz, o governo britânico vai congelar o preço da energia elétrica e gás pelos próximos dois anos para todas as famílias. Segundo Liz Truss, nova primeira-ministra do Reino Unido, o teto máximo anual pago será de 2,5 mil libras.
A medida, anunciada nesta quinta-feira (8), começa a valer no dia 1º de outubro deste ano e foi acordada com as empresas distribuidoras. A estimativa do governo é que, de maneira geral, a economia média para os britânicos seja de 1.050 libras anualmente. O programa, batizado de “Garantia de Preço de Energia”, vai cobrir os custos adicionais para as fornecedoras.
“Este é o momento de ousar. Estamos enfrentando uma crise energética global e não há opções livres de custos”, declarou a líder britânica, em discurso no Parlamento nesta tarde. Truss também anunciou a criação de uma força tarefa para estabelecer medidas a médio e longo prazo no setor energético.
De acordo com o plano, os consumidores da Inglaterra, Escócia e País de Gales não precisam fazer nenhum contato com as companhias para serem beneficiados. O cálculo será realizado na conta dos moradores. No caso da Irlanda do Norte, o protocolo ainda precisa ser definido.
A nova regra é adicional ao auxílio no valor de 400 libras, que será fornecido a partir de outubro, para ajudar as famílias com os custos da energia. O pagamento efetuado em seis parcelas de 66 libras.
Moradores sem contrato, quartos alugados e empresas
No caso dos proprietários de casas móveis, as chamadas ”park homes”, ou ainda aqueles que residem em moradias sem contrato de energia e gás, o governo vai criar um apoio financeiro, com detalhes que serão divulgados em breve, conforme a primeira-ministra. Para os que vivem em casas ou quartos alugados e pagam um valor de energia junto com o aluguel, o governo afirma que os proprietários não podem obter lucro com as contas.
As autoridades britânicas “encorajam a chegar a um acordo” no contrato de aluguel com os donos dos imóveis. Também são analisadas opções para que os moradores não sejam lesados, não sendo descartada a criação de uma lei de emergência para garantir que o teto máximo nos preços também seja aplicado nestes casos.
No momento, o auxílio vai atingir somente os consumidores domésticos, ou seja, não vale para empresas. Segundo Liz Trust, um novo apoio será “anunciado em breve” para o setor empresarial, escolas e instituições de caridade. Inicialmente, vai vigorar durante seis meses, com revisão no terceiro mês para ajustar a medida, se necessário. Mais informações podem ser obtidas aqui.