Lisboa propõe compra de mil novas bicicletas para aluguel em 2023

Bicicletas ficam em estações espalhadas em vários pontos de Lisboa. Foto: Divulgação

A prefeitura de Lisboa pretende disponibilizar mil novas bicicletas compartilhadas para aluguel temporário no próximo ano. A proposta faz parte do Orçamento Municipal 2023, apresentado nesta terça-feira (15) pelo governo local (Câmara de Lisboa).

As bikes, chamadas de “Gira”, fazem parte das iniciativas de mobilidade suave na cidade. Atualmente, a frota é de aproximadamente 1,3 mil bicicletas distribuídas pela capital portuguesa, entre aparelhos tradicionais e elétricos que podem ser alugados por pessoas com mais de 18 anos por determinados períodos.  

A proposta apresentada hoje (15) também prevê a construção de 29 novas estações, que são os locais onde as bicicletas são retiradas e devolvidas pelos usuários. Os pontos também servem como posto de carregamento para as bikes de modelo elétrico. Atualmente, existem 116 estações na cidade.

O serviço de aluguel de bicicletas existe desde 2017, sendo utilizado tanto por turistas que passeiam por Lisboa, por moradores locais e também para profissionais, como entregadores de delivery. As bikes podem ser alugadas por trajetos ou por um período de 24 horas. No caso das bicicletas elétricas, a duração da bateria é de 90 minutos. Depois desse período, caso o utilizador queira continuar o trajeto, precisa trocar de bike e iniciar uma nova viagem.

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Todas as operações são realizadas através de um aplicativo para celulares. O valor cobrado para usufruir da “Gira” varia conforme o tempo de viagem e o modelo escolhido, sendo as elétricas mais caras. Para os residentes, existe a opção de um passe anual, com custo total de 25 euros, e outro pelo valor de 15 euros mensais. A partir de 2023, a Prefeitura vai incluir gratuitamente a utilização das bicicletas no Passe Navegante para jovens de até 23 anos e idosos acima dos 65 anos.

Lisboa possui, atualmente, cerca de 150 quilômetros de ciclovias. Desde que o projeto começou na Capital, até março deste ano, já foram percorridos 10 milhões de quilômetros com as bicicletas compartilhadas.

Renovação da frota de ônibus  

Ainda com relação à mobilidade, a proposta municipal é adquirir 88 novos ônibus no próximo ano. A meta da prefeitura é contar com 342 novos veículos até 2026. Os modelos elétricos, uma espécie de “bondinho” moderno, terão o percurso ampliado para pontos como Santa Apolônia e Cruz Quebrada, perto da praia, em direção à Cascais.

Outra proposta é a de construir cinco novos pontos de estacionamento para carros e motos próximo a estações de metrô ou ônibus. Esse tipo de parque é chamado em Portugal de “dissuasores” e são, geralmente, utilizados por pessoas que vão de carro até o ponto de transporte público para depois seguir viagem. 

Os locais escolhidos para as futura construções foram: Pontinha Norte e Pontinha Sul, localizados perto da Amadora, na Área Metropolitana de Lisboa (AML), além do Lumiar e Braço de Prata, ambas em Lisboa. O quinto local é a Cidade Universitária, onde fica a Universidade de Lisboa, a maior da cidade.

Moradias

Na área de habilitação, que está entre os temas mais debatidos atualmente em Portugal, a Prefeitura propõe um investimento de 122 milhões de euros na construção de moradias acessíveis. Outra proposta do governo municipal é isentar compradores de imóveis do pagamento do imposto cobrado na transação. 

No entanto, a medida só será válida para pessoas de até 35 anos e que comprem casas ou apartamentos de até 250 mil euros. De acordo com as autoridades municipais, 45% dos moradores dessa faixa etária adquirem imóveis com até esse valor.

O Orçamento para 2023 precisa passar por aprovação da Assembleia Municipal, órgão equivalente à Câmara Municipal de Vereadores no Brasil. A proposta orçamentária do ano passado, a segunda do atual mandato, foi aprovada com 27 votos e teve abstenção de cinco vereadores, uma vez que o partido do atual prefeito, Carlos Moedas, não possui maioria no órgão.

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