Por Alvaro Andrade
A Itália reabriu nesta quarta-feira (03) as suas fronteiras aos países da União Europeia e também passou a permitir a livre circulação entre regiões do país. A medida ocorre quase três meses depois do fechamento do país devido a pandemia do Covid-19.
“Hoje parece uma conquista se pensarmos nas condições de alguns meses atrás. Fizemos isso com o sacrifício de todos, lembrando que precisamos fazê-lo sabendo que o vírus ainda vive conosco”, explicou o ministro de Assuntos Regionais, Francesco Boccia. A Itália foi um dos países mais afetados pelo coronavirus no continente, somando mais de 33 mil mortos.
A partir de hoje quem chegar à Itália também não precisará mais ser submetido à quarentena obrigatória. Para evitar novos focos de contaminação, a vigilância em aeroportos como Fiumicino, em Roma, se intensificou. Estão previstos para hoje 100 vôos entre partidas e chegadas, dos quais cerca de 60 nas rotas nacionais e, destes, cerca de 20 para e do norte da Itália. Os vôos da Air France e da KLM também foram retomados e também da Alitalia para Nova York. Da mesma forma, hoje já está planejado um voo Roma-Barcelona e amanhã, um voo Roma-Madri.
Após divergências entre os governantes das províncias ficou estabelecido que cada região poderá adotar as medidas que julgar necessárias, desde que não impeçam a livre circulação dos italianos dentro do próprio país. Por exemplo, o presidente da Lazio, cuja capital é Roma, Nicola Zingaretti, assinou um decreto que estabelece controles e medições da temperatura de todos os passageiros que chegam de trens, aviões e navios. Aqueles que excederem a temperatura de 37,5 serão isolados e serão submetidos a um teste rápido para o coronavírus.