Jornalista
Espanha e Portugal lideram o ranking de países com mais casos de Monkeypox por 100 mil habitantes na Europa. Em território espanhol, o atual índice indica que o país contabiliza quase 10 (9,79) diagnósticos da varíola do macaco para cada grupo de 100 mil pessoas. Para os lusos, a taxa é de 6,21 para a mesma proporção de habitantes.
Os dados constam no recém lançado relatório semanal do Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC, sigla em inglês). Desde que a doença foi identificada na Europa pela primeira vez neste ano, no início de maio, os dois países localizados na península ibérica somam 5.210 infecções. Desse número, 88% dos casos foram (4,577) registrados na Espanha, e 12% (633) em Portugal. Veja ranking completo abaixo.
Casos em queda
Desde 18 de julho, quando o ECDC contabilizou 539 pessoas infectadas com o vírus, o maior número de casos em apenas um dia entre 38 países ou áreas europeias (como territórios autônomos), a média de diagnósticos diários tem apresentado gradual queda. Na comparacão entre as duas últimas semanas divulgadas no levantamento, a queda foi de 323 para 160 novos casos por dia, representando uma variação negativa de 50,4%.
Entre 19 e 25 de julho, os países contabilizaram 2.261 casos da doença. Na semana seguinte, entre 26 de julho e 1° de agosto, esse total foi de 1.123 para os 38 territórios europeus.
Homens como alvos
A maioria dos casos registrados pelo Centro até o momento mostra que os principais alvos são pessoas com idade entre 31 e 40 anos, representando 41% do total de diagnósticos. O gênero masculino representa 99,1% de todas as pessoas contaminadas pela doença entre o grupo de países analisados. Segundo o ECDC, a quase totalidade dos infectados (94,1%) apresentou erupções cutâneas. Entre os outros sintomas da Monkeypox identificados pelo Centro estão “febre, fadiga, dores musculares, calafrios ou dor de cabeça”, sendo essas as características presentes em 65% dos casos detectados até agora.
Características da doença
Segundo o Sistema Nacional de Saúde da Irlanda (HSE, sigla em inglês), país que já registra 97 casos da varíola do macaco, “Monkeypox é uma infecção viral” que, embora esteja espalhada pela Europa, “o risco de contrair [o vírus] é baixo”. O HSE explica que a contaminação pelo vírus ocorre “de pessoa para pessoa através de contato muito próximo”.
Nesse contexto, a doença pode se espalhar por meio de relações sexuais e através da interação com pessoas muito próximas, como as que dividem a mesma casa. Também é possível se contaminar com a doença por meio do uso compartilhado de roupas ou toalhas com quem apresente “erupção cutânea ou crostas de varíola”, além do toque nessas bolhas ou crostas. A doença pode ainda ser pega através da “tosse ou espirro de uma pessoa com varíola do macaco quando está perto de você”, afirma o HSE.
Veja ranking de casos* de Monkeypox por 100 mil habitantes
*O ranking contabiliza todos os casos registrados nos países