Lisboa, Portugal.
Um comandante-piloto que combatia um incêndio florestal em Portugal morreu no início da noite desta sexta-feira (15) em uma queda de avião. O profissional pilotava uma aeronave anfíbia enquanto tentava apagar as chamas na localidade de Torre de Moncorvo, em Bragança, região norte do país.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (Anepec) já confirma que enviou equipes para o local, mas ainda não possui mais detalhes sobre o que ocasionou a queda do avião. Até agora, foi apenas divulgado o primeiro nome do profissional, que se chamava André.
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, utilizou as redes sociais para lamentar a morte do piloto: “Foi com grande consternação que tomei conhecimento do falecimento do piloto que operava uma aeronave que caiu esta tarde no combate ao incêndio em Torre de Moncorvo. Endereço as mais sentidas condolências à família e amigos”, escreveu.
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, emitiu uma nota de pesar em que apresenta as condolências à família do profissional. A Proteção Civil usou as redes sociais para divulgar uma comunicado sobre o ocorrido, transmitido um “voto de de solidariedade aos familiares, amigos e colegas da vítima”. A secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, deixou uma mensagem no Twitter com a foto de um avião: “Os pilotos não morrem, voltam aos céus com suas próprias asas. Obrigada André”.
Uma semana de incêndios
Há uma semana que bombeiros e outros profissionais, além dos próprios moradores, combatem uma onda de incêndios em diversas regiões do país. De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), mais de 38 mil hectares já foram queimados, número maior do que o total registrado durante o ano de 2021.
Segundo a Proteção Civil, mais de 900 ocorrências de incêndios aconteceram desde o dia 8 de julho, mobilizando mais de 3 mil profissionais e 800 veículos. O país recebeu apoio da União Europeia (UE) com o envio de dois aviões.
Na noite desta sexta-feira (15), sete incêndios estão em andamento, com mais de 800 bombeiros em serviço. Em um deles, em Viana do Castelo, extremo Norte de Portugal, as chamas persistem desde a noite de terça-feira (12).
Portugal está em situação de contingência até domingo (17), data em que será novamente avaliada a necessidade de prolongar a situação. As previsões meteorológicas continuam indicando altas temperaturas para os próximos dias na maior parte do território.
A onda de calor atinge não só Portugal, mas também outros países europeus. A França e a Espanha também enfrentam incêndios por causa do tempo quente. No Reino Unido, foi emitido um alerta para o risco de recorde da temperatura desde que os registros começaram a ser realizados, em 1853.