Dublin, Irlanda.
O Presidente da Itália, Sergio Mattarella, não aceitou a renúncia do primeiro-ministro Mario Draghi. O encontro entre os dois políticos ocorreu no início da noite desta quinta-feira (14) no Palácio do Quirinal, em Roma.
Pouco antes, Draghi já havia anunciado no Conselho de Ministros que iria deixar o cargo após o Movimento 5 Estrelas (M5S, em italiano) retirar o apoio ao governo. Mattarella, no entanto, convidou o primeiro-ministro a se apresentar ao Parlamento “para que seja feita uma avaliação da situação que surgiu na sequência dos resultados da sessão hoje realizada no Senado da República”.
Nesta quinta-feira (14), o Senado italiano votou uma moção de confiança no governo e o atual primeiro-ministro italiano obteve maioria. Isso significa que ele terá apoio do Legislativo caso deseje permanecer no cargo. A decisão de Draghi em renunciar, porém, está ligada ao fato dele ter perdido o apoio do Movimento 5 Estrelas, rompendo com a coalizão para governar o país.
A líder do M5S no Senado, senadora Mariolina Castellone, disse que não apoiaria Draghi porque nenhuma das propostas do movimento havia sido ouvida na construção do “Decreto de Ajuda”, que prevê soluções para a crise relacionada ao aumento do custo de vida no país. O M5S foi criado em 2009 e não se define como um partido político, mas como uma organização antissistema, e ganhou espaço no Congresso italiano nos últimos anos.