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Lisboa, Portugal.
A Itália prorrogou, nesta terça-feira (6), as restrições de entrada no território nacional. Os passageiros que embarcam no Brasil continuam sendo os que mais enfrentam regras para ingressar no país. A entrada só é permitida aos cidadãos que possuem residência legal na Itália com data anterior ao dia 13 de fevereiro.
Além disso, o Governo destaca que também dará permissão a casos que tenham sido “expressamente autorizados pelo Ministério da Saúde, por motivos obrigatórios de necessidade”. O documento oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros também assinala que podem ter acesso ao território italiano funcionários oficiais e pessoas que precisam “chegar à casa ou domicílio de filhos menores”.
As regras, que diferem conforme o país de origem da viagem, seguem até o dia 30 de abril. De acordo com publicação do Diário Oficial, o objetivo é “conter a propagação do coronavírus”.
Testes e quarentena
Os viajantes autorizados precisam assinar uma declaração sobre os países onde se hospedaram nos 14 dias anteriores à chegada em solo italiano e motivo da viagem. O modelo de documento está no site do ministério, bem como a lista de regras por país.
Também é obrigatória a apresentação de um teste negativo para Covid-19. Em caso de passageiros que chegam por voos saindo direto do Brasil, é necessário realizar mais um exame na chegada ao aeroporto. Se for realizada escala ou entrada no país por outra fronteira, que não seja aérea, o segundo exame pode ser realizado até 48 horas após a chegada na Itália.
Para todos os viajantes, independentemente do resultado dos testes, é obrigatória a realização de quarentena de 14 dias na residência onde mora ou em local indicado pelas autoridades italianas. Ao final do isolamento, é necessário fazer mais um teste.
No caso de viagens para fora do país, a orientação do Governo italiano é que, neste momento, sejam evitadas, a não ser por motivos “estritamente necessários”. O ministério ainda alerta para as viagens aos países fora da União Europeia (UE): “Podem ocorrer problemas de repatriamento semelhantes, com um impacto muito mais grave, no caso de viagens para destinos fora da UE”.
Restrições
A Itália foi um dos países que chegou a proibir totalmente as viagens saindo do Brasil em janeiro, após identificar casos da nova variante do coronavírus. O tráfego aéreo entre os dois países ficou suspenso durante um mês.
Além da Itália, outros Estados-Membros da UE impuseram regras semelhantes. Portugal, por exemplo, suspendeu as viagens diretas com o Brasil no final de janeiro, com permissão somente de voos de repatriamento. A regra é válida até o dia 15 de abril. No entanto, o primeiro-ministro, António Costa, sinalizou, na semana passada, a possibilidade de retomada dos voos comerciais em breve.
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