
Madri, Espanha.
A partir da próxima sexta-feira, dia 4 de março, não será mais exigida quarentena aos contatos próximos de pessoas com Covid-19 na Espanha, mesmo que não estejam vacinadas contra o vírus. A medida foi anunciada nesta terça-feira (01) pelo Ministério da Saúde. Até o momento, o isolamento não era obrigatório apenas para as pessoas imunizadas.
Apesar da liberação, a Comissão de Saúde Pública recomendou que durante os 10 dias após a última exposição ao vírus, os contatos próximos de casos confirmados de coronavírus sigam tomando as medidas necessárias para evitar novos contágios. Entre elas, está a recomendação de reduzir ao máximo as interações sociais, usar máscara quando necessário e evitar o contato com pessoas mais vulneráveis.
A comissão, que representa as comunidades autônomas do país e o Ministério de Saúde, adotou a flexibilização após a Espanha atingir mais de 90% da população vacinada, uma taxa considerada alta pelas autoridades de saúde, além do maior desempenho dos testes diagnósticos. Segundo o órgão, todos estes fatores contribuíram para a mudança das características epidemiológicas e o comportamento da pandemia, o que permite alterar a atual estratégia de vigilância e focar em ações voltadas para pessoas e áreas de maior vulnerabilidade.
Para os especialistas, a população espanhola que tem entre 5 e 11 anos deverá ser a mais beneficiada. De acordo com o ministério, sem a obrigatoriedade da quarentena, cerca de 3,3 milhões de menores em todo o país não precisarão mais deixar de frequentar as escolas se houver algum caso positivo em sala de aula.
Este é o público com a menor taxa de vacinação na Espanha, uma vez que o processo de imunização começou no dia 15 de dezembro e como o intervalo entre a primeira e a segunda dose é de oito semanas, apenas 18,4% conta com a vacinação completa, ou seja, as duas doses pediátricas.
Segundo o último relatório enviado pelo Ministério da Saúde, 57,4% já conta com a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Atualmente, além de ter 91,1% da população com mais de 12 anos vacinada com as duas doses, 50,9% dos residentes já receberam a dose de reforço, segundo os dados mais recentes do governo.