Lisboa, Portugal.
O governo alemão apresentou, nesta quarta-feira (12) um ambicioso plano para minimizar o déficit imobiliário do país. Chamado de “Aliança para a Habitação Acessível”, a proposta tem a meta de construir 400 mil novos apartamentos até 2026.
As novas habitações fazem parte de um plano maior do governo germânico, que é o de “superar a falta de moradia na Alemanha até 2030”. O chanceler Olaf Scholz afirma que o crescimento da oferta se torna ainda mais importante atualmente, “especialmente em tempos de aumento de aluguéis e custos acessórios. Todos nos tornamos muito mais conscientes disso”.
Dos novos apartamentos previstos, um quarto (100 mil) deles ser destinado à habitação popular, ou acessível. O plano também prevê beneficiar pessoas em situação de rua, cidadãos de baixa renda e estudantes universitários. Os prédios serão modulares e padrão, como forma de economizar custos e agilizar a construção. A iniciativa também será focada na sustentabilidade, com eficiência energética e uso de energia limpa, além de materiais reciclados.
O projeto terá um investimento de 14,5 bilhões de euros por parte do governo federal, em parceria com os estados e municípios: “Os estados federais estão cientes de sua responsabilidade de cofinanciar a promoção da habitação social com recursos próprios do orçamento e de usá-los de forma direcionada”, alertou Olaf.
Para atingir a meta, definida como “ambiciosa”, o grupo de especialistas elencou uma série de ações que precisam ser colocadas em prática. Entre elas, está a agilização de licenças e demais burocracias que envolvem a construção e contratação de mais equipes nas prefeituras para atender as demandas de documentação.
O plano também está articulado com a proposta de atração de mão de obra imigrante para o país. Os especialistas reconhecem a necessidade de mais profissionais qualificados no setor da construção: “A estratégia de trabalhadores qualificados e a estratégia nacional de formação contínua do governo federal são blocos de construção importantes para fortalecer a construção de moradias”, pontuam os criadores da proposta.
O grupo defende que a Lei de Imigração seja simplificada e que as ofertas de emprego sejam bem remuneradas. Além disso, defendem que não seja tolerado nenhum tipo de discriminação com os trabalhadores estrangeiros.
Próximos passos
Ainda não foi definida a localização dos novos prédios, uma vez que será necessária uma articulação com os estados e municípios, mas os especialistas destacam que devem ser escolhidas áreas subutilizadas: “Agora estamos construindo isso e começando a implementá-lo. O nosso objetivo comum continua a ser uma habitação mais acessível e amiga do clima”, resumiu Kiara Geywitz, ministra da Construção. A próxima reunião para definir os passos seguintes está marcada para o mês de dezembro.